O PET/CT ou simplesmente PET é um exame utilizado na oncologia para avaliação da extensão de doença a distância no câncer de mama. Ele combina a tomografia computadorizada e a emissão de pósitrons para detectar atividade de células pelo corpo. No exame, o paciente recebe previamente na veia a injeção de glicose marcada com uma substância radioativa, conhecida como FDG, que contém uma baixíssima quantidade de radiação. Como as células do câncer têm uma atividade metabólica mais elevada, costumam absorver a glicose mais rapidamente que as células normais. O aparelho costuma identificar essas áreas do corpo que “brilham”mais que o normal. Imagens mais precisas são então configuradas através desta tomografia especial. Com exceção do sistema nervoso central (cérebro), o PET avalia adequadamente os principais orgãos alvo (ossos, fígado, pulmão).
Nem todas as pacientes devem fazer um PET de rotina após diagnosticar um câncer de mama: casos de tumor hormônio positivo inicial, por exemplo, estágio clínico I e II, sem doença linfonodal axilar associada, têm baixíssimas chances de ter doença detectada a distância no momento do diagnóstico (em geral menor, que 5%). Por outro lado, pacientes com estágio III ou mesmo com subtipos de biologia mais agressiva, HER2 ou triplo negativo, devem realizar um estadiamento mais adequado. Neste cenário, o PET/CT substitui muito bem as tomografias convencionais e cintilografia óssea. O PET não deve ser utilizado em pessoas saudáveis ou no acompanhamento de rotina após o término do tratamento. Este exame não deve ser realizado em pacientes com câncer de mama durante a gestação.
