Mutilar por quê ?

Na semana passada, foi apresentado os resultados do estudo MINDACT em relação ao tratamento cirúrgico do câncer de mama.
Mutilar por quê?

A análise continha quase 7 mil mulheres que realizaram tratamento contemporâneo na vários países do velho continente.

Os resultados demonstraram, após 5 anos de seguimento em media, a mesma chance de recidiva local independente da cirurgia (quandrantectomia ou mastectomia), resultados compatíveis com inúmeros relatos prévios. Este é mais um capítulo na história do tratamento da doença, demonstrando claramente que a radicalidade não é a solução na maioria dos casos.

As mamas, ou pelo menos pele e areóla, de nossas pacientes com câncer de mama podem ser poupadas na maioria dos casos. A escolha da cirurgia não deve ser feita pelo tipo de tumor ou estadiamento em si, mas por um conjunto de variáveis que incluem fatores de risco para nova doença.

Há, atualmente, diversas estratégias para obter melhor resultado. Cicatrizes mais discretas, por exemplo, também influenciam o resultado final. Precisamos educar nossos profissionais a esta nova era do tratamento. Isso não é mais futuro…

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