A prevenção do câncer de mama dependerá do risco de cada mulher desenvolver a doença durante a vida. O início, a periodicidade, os exames e terapias adequadas são escolhidos, em geral, baseados no risco vitalício. O desejo da mulher também é considerado na decisão.

Qual o meu risco?

Uma mulher sem nenhum fator de risco para câncer de mama tem cerca de 10 a 14% de risco vitalício de desenvolver a doença até o fim de sua vida: este é o risco considerado baixo. Se você não tem sintomas, não tem história pessoal de câncer invasivo de mama, não tem história pessoal de carcinoma ductal in situ ou lobular in situ (células anormais dentro dos ductos ou lóbulos), não tem passado de hiperplasia atípica (células anormais nos ductos ou lóbulos), sem história familiar de câncer ou passado de tratamento radioterápico no tórax por linfoma, você terá aproximadamente este risco, ou seja, normal para a população com sua idade. Entretanto, se você apresentar algum desses fatores descritos acima, seu risco será considerado alto, com variáveis graus e diferentes recomendações de prevenção. Um risco vitalício acima de 25% é considerado elevado, porém há situações com riscos ainda mais elevados: uma mutação do BRCA, por exemplo, confere um risco vitalício em torno de 70% segundo estudo recente.

Quais as Recomendações?

Elas variam dependendo do continente, país ou instituição. Seguem algumas recomendações gerais abaixo. Estas recomendações resumem os principais guidelines disponíveis na atualidade, servindo como uma orientação geral, porém absolutamente não substituem uma discussão multidisciplinar com a equipe médica e podem sofrer alteração ao longo dos anos, conforme o conhecimento avance.
  1. Risco Baixo:
    Exame físico anual das mamas a partir dos 25 anos e Mamografia anual a partir dos 40 anos
  2. História Familiar de Câncer:
    Mamografia anual iniciando 10 anos antes da idade do diagnóstico do câncer do parente mais próximo, desde que não seja antes dos 25 anos ou depois dos 40 anos. Avaliar adicionar ressonância magnética intercalada semestralmente com a mamografia. Um aconselhamento genético deverá ser recomendado. Terapias redutoras de risco (medicação e cirurgia) deverão ser avaliadas caso a caso.
  3. História de Biópsia de Hiperplasia Atípica ou Carcinoma Lobular in situ prévia:
    Mamografia anual imediata após diagnóstico se não houver iniciado. Um aconselhamento genético poderá ser recomendado. Avaliar adicionar ressonância magnética intercalada semestralmente com a mamografia. Terapias redutoras de risco (medicação e cirurgia) deverão ser avaliadas caso a caso.
  4. Radioterapia Prévia de Parede Torácica:
    Exame físico semestral a partir do tratamento. Mamografia anual iniciando no máximo em torno de 10 anos após o tratamento, desde que não seja antes dos 25 anos ou depois dos 40 anos. Avaliar adicionar ressonância magnética intercalada semestralmente com a mamografia.
  5. Mutação Comprovada de Genes de Alto Risco para Câncer de Mama:
    Mamografia anual iniciando 10 anos antes da idade do diagnóstico do câncer do parente mais próximo, desde que não seja antes dos 25 anos ou depois dos 40 anos. Adicionar ressonância magnética intercalada semestralmente com a mamografia. Um aconselhamento genético deverá ser recomendado. Terapias redutoras de risco (medicação e cirurgia) deverão ser avaliadas caso a caso.

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