A cirurgia de retirada dos linfonodos axilares é conhecida por linfadenectomia axilar ou esvaziamento axilar ou linfadenectomia. O procedimento retira os linfonodos presentes na região axilar. Normalmente são retiradas cerca de 10 a 20 gânglios, porém este número pode variar. A informação do status da axila (ter ou não ter doença nos linfonodos) é importante para decisão terapêutica.
Na axila, além dos linfonodos, existem vários nervos e vasos sanguíneos importantes. A cirurgia deve ser cuidadosa, pois a lesão destas estruturas pode causar sequelas na movimentação do braço. Felizmente, os eventos adversos graves são raros, mas não impossíveis. A principal indicação de linfadenectomia axilar é a presença de linfonodos clinicamente comprometidos no momento da cirurgia. Normalmente estes casos são submetidos à quimioterapia antes da cirurgia, mas nem sempre os linfonodos regridem.
O grande efeito colateral do esvaziamento axilar é o linfedema (inchaço do braço) que ocorre em 20% das mulheres, principalmente naquelas mais idosas ou acima do peso. A fisioterapia precoce é fundamental para orientação e prevenção deste problema. Mesmo com tratamento adequado, pacientes submetidas a linfadenectomia devem ser manter vigilantes e cuidadosas durante toda vida.
Felizmente, o uso da linfadenectomia tem se tornado menos frequente ao longo dos anos. O advento do linfonodo sentinela (retirada seletiva de gânglios axilares) minimizou o uso de cirurgias mais radicais na axila. Atualmente, o uso da linfadenectomia pode ser omitido com segurança em muitos casos com doença linfonodal mínima.