Linfonodo Sentinela no Tratamento do Câncer de Mama.

Os linfonodos ou gânglios fazem parte do sistema linfático, que faz a defesa do organismo. São conglomerados de células de defesa, assim como as amígdalas. A biópsia do linfonodo sentinela no câncer de mama permite a retirada apenas do primeiro ou dos primeiros linfonodos da axila (sentinelas) que conseguem predizer qual o estado dos demais e assim evitar cirurgias maiores, evitando efeitos colaterais.
Linfonodo Sentinela no Tratamento do Câncer de Mama

Os linfonodos são uma espécie de filtro do sistema de defesa do organismo (linfático). São pequenas estruturas compostas por conglomerados de glóbulos brancos. Todo material estranho ao organismo é filtrado neste sistema, incluindo micróbios, corantes e células cancerígenas. Desta forma, basta seguir o caminho de um marcador injetado para saber qual é o primeiro grupo de linfonodos a receber a drenagem da mama. Este grupo é chamado de sentinela.

A cirurgia para a retirada do linfonodo sentinela no câncer de mama consiste na injeção na mama de um marcador (marcador radioativo conhecido como tecnécio ou corante azul). Este material é escoado pelo sistema linfático, sendo retido no(s) primeiro(s) linfonodos a receberem a drenagem linfática da mama. O uso de um aparelho para detector o radiotraçador (probe) pode ser necessário na cirurgia. A identificação de doença no linfonodo sentinela é importante fator prognóstico para definir tratamento da doença.

Até a década de 1990, todos os gânglios axilares eram retirados em todas cirurgias por câncer de mama. Isto causava efeitos colaterais, sendo desnecessário na maioria dos casos. Com a introdução da técnica do linfonodo sentinela, atualmente é possível avaliar a presença de células tumorais na axila sem necessidade de cirurgias maiores. A biópsia de linfonodo sentinela é feita em quase todos os casos com axila clinicamente normal no momento da cirurgia. O risco de efeitos colaterais existe, mas é muito menor que o esvaziamento axilar. Nos dias atuais, o esvaziamento axilar tem se tornado exceção, mesmo em caso de doença minima no linfonodo sentinela.

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